terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Jornalista potiguar assina nosso novo cabeçalho !

Informações Agrícolas


O novo cabeçalho é do jornalista potiguar Luiz Gonzaga Araújo, o mesmo tem feito várias reportagens sobre assuntos diversos e de vez em quando sobre cajucultura

Seus bons artigos devem ser lavados em consideração e desta vez nosso cabeçalho fica com o Rio Grande do Norte

Já está passando da hora para que a cadeia produtiva da cajucultura brasileira passe a repensar em adequar o arcaico modelo de produção ainda utilizado. A atividade precisa ser mais competitiva, visando auferir maior rentabilidade, principalmente para o produtor rural..

Responsabilidades e interrogações (236 toneladas incineradas)

"Todo possível réu é exímio defensor de sua causa, até que chegue a parte adversa e levante outras questões antes não colocadas e as coisas tomam outro rumo"


Zé do Caju


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Veja a matéria !


Armando Cordeiro de Farias

Como ex-secretário da Cooperativa dos produtores de Caju do Ceará – Cocaju, bem como advogado em conjunto ou separadamente com outros advogados a favor da Cocaju, tendo sido referenciado nas reportagens de páginas 30 e 32 do caderno de Economia (”263 toneladas de castanhas viram cinzas”) deste conceituado jornal, edição de quinta-feira (23/2/2012), venho esclarecer:

No final de 1990 e inicio de 2000, os produtores de castanha de caju do Ceará ressentiam-se dos baixos preços de seus produtos, castanha de caju, face a existência de intermediários comerciais, criando desestímulo aos tratos e ampliações dos pomares à cajucultura. Criou-se a Cocaju com a finalidade de superar tais deficiências.

Os governos Federal e Estadual, sensibilizados com a situação sentiram-se estimulados a impulsionar o setor mais importante do Estado à época, quer na geração de divisas, emprego e renda para os cajucultores. Bem como para os empresários do ramo e trabalhadores outros da cadeia produtiva.

Para tanto uniram-se, em cooperação, os diversos segmentos públicos e privados, abaixo relacionados:

1. Governo Federal/Ministério da Agricultura – Alocando os recursos financeiros junto ao Banco do Brasil para a aquisição de castanha de caju.

2. Governo do Ceará – Concedendo benefícios fiscais e promovendo, através da secretaria da Fazenda, agilidade na emissão de notas fiscais e o mais que se fizesse necessário.

3. Banco do Brasil – Repassando os recursos federais após selecionar as empresas do ramo da castanha de caju de acordo com suas capacidades e potencialidades, já que tais empreendedoras de muito mantinham relações comerciais com o próprio, direcionando-as à Cocaju, ficando também a seu mister a fiscalização de todas as operações.

4. Cooperativa (Cocaju) – Coordenar seus cooperados a reunir a matéria-prima (castanha de caju) necessária e de acordo com as diretrizes do Banco do Brasil (BB) e enviar tais matérias-primas, conforme seu direcionamento, também do BB aos empresários e empresas, tudo de acordo com as inspeções feitas pela instituição bancária, quer na quantidade, quer pela qualidade do produto ofertado e efetuar o repasse dos numerários correspondentes a cada produtor beneficiário.

5. Empresas e empresários – Ambos na qualidade de fiéis depositários e avalistas, cabendo às empresas armazenar toda a matéria-prima, objeto dos empréstimos, e aos empresários a industrialização (beneficiamento) e comercialização do produto, beneficiado ou in natura, tudo conforme anuência e/ou determinação do BB que, repetimos, era o fiscalizador contratual de todas as operações, inclusive junto ao provedor dos recursos

6. Banco Central do Brasil - Caso necessário, intervir dentro de sua competência.

7. Conab – Se preciso fosse, como de fato o foi, o local de armazenamento das castanhas de caju.

A dinâmica dos procedimentos, em síntese, se deu assim: o Ministério da Agricultura alocava os recursos para o Banco do Brasil que, além de repassador de tais recursos para a Cocaju, na medida das dimensões e das necessidades das empresas, conforme indicativo do BB, “gerente” de todo o processo.

A Cocaju, após fiscalização e aprovação do BB, individualizava os pagamentos a seus associados que dispuseram suas castanhas de caju nas empresas selecionadas.

Os empresários vendiam as castanhas, pagavam os custos e pró-labore da Cocaju, pré-estabelecidos, além dos pagamentos dos empréstimos ficando com o remanescente (lucro).

Em caso de atraso no pagamento das parcelas dos empréstimos, somente o Banco do Brasil, a partir de acontecido o atraso, poderia dispor (comercializar) das garantias (castanha de caju).

Nada, nem mesmo o beneficiamento da castanha a qualquer título, poderia ser feito sem a anuência e a fiscalização do BB já que ele teria que tomar conhecimento dos lotes, quantidades e das qualificações das castanhas beneficiadas, a fim de evitar qualquer mistura, confusão, envolvendo as garantias dos empréstimos e castanha de caju outras, pois as castanhas dos cooperados eram de excelente qualidade, e os empresários, paralelamente, continuavam o seu mister de empreendedores da cajucultura.

Resultado
Os recursos financeiros do Ministério da Agricultura foram bem aplicados, as garantias foram conferidas e em quantidade excedente para as quitações das dívidas. Tudo feito dentro das normas pré-estabelecidas.

Se houve atraso nos pagamentos das parcelas dos empréstimos, há de se indagar: quem atrasou o pagamento e por quê? Por que o Banco não vendeu as garantias conforme previsão contratual?

Se as garantias se estragaram também indaga-se: Por que estragou? Demora da comercialização e/ou por qual(ais) razão(ões) outra(s)? Será que as castanhas estragadas tinham a mesma qualidade adquirida pela Cocaju? Estavam tais castanhas estragadas condizentes, em suas especificações, qualificações e quantificações, com as castanhas adquiridas pela Cocaju?

Por que o BB ajuizou ações de execução e somente anos depois adentrou com ações de depósitos com pedido de liminar, já que essas ações são mais céleres, prudentes e eficientes que aquelas como foi feito no caso? A quem interessa(va) fazer desaparecer toda a materialidade?

Se a Cocaju aplicou bem todo o recurso do Ministério da Agricultura, sob implacável fiscalização do BB, quem levou vantagem, como e por quê? Indaga-se, ainda, da competência da justiça estadual para julgar tais processos, se a União tem ou deve ter interesse, pois o dinheiro aplicado era do Ministério da Agricultura, sendo o BB mero repassador de tais recursos?

Sabe-se ao certo que o estado do Ceará restou prejudicado na medida em que comprometeu negativamente a cajucultura local. Os produtores rurais foram irremediavelmente atingido, o país também ficou no prejuízo pelo comprometimento de geração de divisas e arrecadação de impostos, afora a emulação de seu dinheiro, muito em particular todo o contribuinte.

Estas são algumas luzes e questões que devem ser publicadas para o conhecimento geral sem rodeios nem sofismas.


Fonte: INTERJORNAL (Clique Aqui!)

Maiores produtores mundiais de castanha-de-caju

Informações Agrícolas

28/02/2012 09h17


No ranking dos principais países produtores de castanha-de-caju in natura, destacam-se: 

1º) Vietnã; 
2º) Índia e; 
3º) Nigéria. 

Em seguida, sobressaem a Costa do Marfim (Cote d'Ivore), o Brasil e a Indonésia. Já no mercado internacional de amêndoas (castanha-de-caju beneficiada - ACC), a Índia e o Vietnã são os principais concorrentes do Brasil, sendo responsáveis pelos maiores volumes de amêndoas transacionadas no comércio mundial. 

O destaque fica por conta da Índia que conta com mão-de-obra intensiva e com a metade do suprimento de castanha in natura (matéria-prima) oriunda de países africanos. Mesmo assim, as dificuldades na importação de castanha in natura de boa qualidade dos países africanos têm provocado sobra da matéria-prima, contribuindo com um maior equilíbrio nos preços internacionais das amêndoas. 


Os dados históricos apontam que até meados da década de 1980 o Brasil disputava o 1º e 2º lugar com a Índia. Nos últimos anos, a produção brasileira de castanha-de-caju in natura, vem sendo ultrapassada, principalmente, pelos países africanos. O Quadro a seguir, demonstra a participação dos cinco maiores produtores mundiais de castanha-de-caju in natura, com base nos dados divulgados pela FAO.
 
           Países                     Participação (%)


Viet Nam                                    28,6
Índia                                            20,7
Nigéria                                       17,3
Costa do Marfim                         7,3
Brasil                                            6,6


Já está passando da hora para que a cadeia produtiva da cajucultura brasileira passe a repensar em adequar o arcaico modelo de produção ainda utilizado. A atividade precisa ser mais competitiva, visando auferir maior rentabilidade, principalmente para o produtor rural..


Fonte: Portal Mercado Aberto (Clique Aqui!)

Exportação da amêndoa de caju vai aumentar em USD 56 milhões até 2015

Notícias de Moçambique



Terça, 28 Fevereiro 2012 15:22





A receita de exportação da castanha de caju deverá aumentar até 2015 em cerca de 56 milhões de dólares norte-americanos, resultantes de um investimento no sector do caju de mais de dois milhões de meticais.
O investimento está a ser feito no âmbito da implementação de um conjunto de acções previstas no planodirector do sector aprovado pelo Governo, o que poderá resultar num rendimento anual de cerca de 96 milhões de dólares, contra os actuais 40 milhões de dólares norteamericanos, segundo Filomena Maiópué, directora nacional do Instituto de Fomento do Caju (INCAJU).
O referido plano-director assenta basicamente na investigação, extensão e fomento, comercialização e processamento, financiamento, reforma institucional e assistência técnica e monitoria.
A componente investigação consiste no desenvolvimento de clones de cajueiro adaptados às condições agroecológicas do país, estudo e melhoramento das tecnologias de processamento da castanha e do falso fruto, bem como no desenvolvimento, certificação e difusão dos clones já existentes.
Este segmento está orçado em cerca de 96,5 milhões de meticais e no que respeita à extensão e fomento vai custar pouco mais de 940 milhões de meticais, igualmente até 2015, priorizando a produção de mudas, estabelecimento de um sistema eficiente para a sua distribuição e a formação, treinamento e assistência aos técnicos, produtores e provedores de serviços.
Já na componente de comercialização, com pouco mais de 700 milhões de meticais de custo, o plano-director do sector do caju propõe promoção de parcerias públicoprivadas para o processamento do produto, bem como do falso fruto.
Referir que nos últimos anos as quantidades de comercialização deste produto tradicional nas exportações moçambicanas saíram das cerca de 60 mil toneladas, em finais da década de 1990, para cerca de 100 mil toneladas em 2011, tendo as exportações passado de 14 milhões, em 2000, para 40 milhões na campanha passada de 2011.

Estudo

Entretanto, o INCAJU projecta para este ano de 2012 a realização de um estudo de avaliação do impacto do sector informal na comercialização da castanha de caju para posterior obtenção de dados que permitam determinar com mais acuidade a produção média anual da castanha em Moçambique.
O primeiro estudo realizado com a participação de estudantes da Universidade Eduardo Mondlane demonstrou que a produção real de Moçambique pode ser o dobro do que tem sido anunciado por se basear apenas na quantidade de castanha comercializada no mercado formal.
Estima-se, entretanto, que mais de 1400 famílias tenham no caju a sua principal fonte de rendimento.


Fonte: Verdade (Clique Aqui!)

domingo, 26 de fevereiro de 2012

263 toneladas de castanha viram cinzas


DINHEIRO PÚBLICO 23/02/2012 - 01h30


A Justiça Estadual mandou jogar no fogo quase 11 mil caixas de castanhas de caju que apodreceram num dos armazéns da Conab. O estoque estava penhorado pelo BB como única garantia para abater uma dívida federal, feita há dez anos por cajucultores cearenses




A essa hora, talvez ainda restem alguns quilos para botar no fogo. Assim disse o porteiro da fábrica Roguimo, que produz cera de carnaúba. A indústria fica no km 12,5 da BR-222. É lá que 263 toneladas de castanhas de caju, uma pequena montanha do produto que já esteve pronto para exportação, estão sendo usadas como... lenha. E pior: porque apodreceram sem alimentar ninguém e eram a única garantia de um empréstimo milionário feito junto ao Governo Federal.

O POVO tentou fazer o registro fotográfico da incineração na semana passada, última quarta-feira, dia 15, mas os donos da empresa não autorizaram o acesso. É tanta castanha que a incineração começou desde o fim de janeiro e ainda há bastante “lenha” para jogar às labaredas. A situação inusitada é parte de uma grande pendenga judicial entre gente da cajucultura cearense e o setor de cobrança do Banco do Brasil (BB). Uma história que começou há mais de dez anos. A verba federal, repassada através do Banco do Brasil, teria sido superior a R$ 6 milhões, mas a dívida nunca foi saldada.
As amêndoas estragaram após uma década de entraves jurídicos protagonizados pelo BB e as partes devedoras: a Cooperativa dos Produtores de Caju do Ceará (Cocaju) e as empresas Irmãos Fontenele S/A e Agroindustrial Gomes. Os 263.328 quilos chegaram a ser recolhidos pelo banco em 2002 para penhora judicial. Um ano depois do vencimento para pagar o empréstimo, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em fábricas de Fortaleza e Uruburetama. Seriam a garantia da dívida.
Desde setembro daquele ano, porém, ficaram armazenadas num dos galpões da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em Maracanaú. Sem que fossem negociadas ou nem sequer doadas para instituições de caridade, enquanto poderiam ter sido. “Nós apenas alugávamos os galpões”, garante o superintendente da Conab, Eudes Guedes.
Foi lá, pelo tempo, que se deterioraram. As castanhas estavam embaladas em 10.972 caixas (de 24 kg cada). Era um estoque da safra 2000/2001. Já não serviam mais nem para adubo ou alguma possibilidade de consumo animal ou humano. Uma carga dessas fica perecível após dois anos. O tipo de embalagem era o ideal para exportação, mas válido apenas no prazo devido. A decisão para que fossem jogadas ao fogo foi definida pela juíza estadual Dilara Pedreira Guerreiro de Brito, da 1ª Vara Cível, no dia 14 de novembro do ano passado. A própria Conab requisitou a incineração. Já nos primeiros anos de armazenamento foi confirmado que o produto havia apodrecido.

E Agora

ENTENDA A NOTÍCIA
E quem pagará essa conta, gerada com dinheiro público? O Banco do Brasil confirma que seguirá o processo judicial, para cobrar o empréstimo feito pelos cajucultores locais. As empresas já não têm o porte financeiro de uma década atrás e a Cocaju nem existe mais.
Números
263.328
Quilos é a quantidade de castanhas de caju que está sendo incinerada, após terem apodrecido nos armazéns da Conab 

200
Gramas é o peso médio de um pacote de castanhas que costuma ser adquirido por consumidores em pontos de venda 

13.166.400
Pacotes de 200g é a quantidade que a carga incinerada poderia ser transformada

R$ 6 
milhões é o valor do débito que estaria sendo cobrado pelo BB, segundo o advogado da Cocaju. O BB não conforma a cifra
Fonte: O Povo (Clique Aqui!)

DEU ERRADO 23/02/2012 - 01h30

Ex-presidente da extinta Cocaju não sabia do destino da carga


Um dos personagens executados no processo de cobrança da dívida, o ex-presidente da Cocaju, Paulo de Tarso Meyer, nem sabia do destino inflamável dado às toneladas de castanhas. A cooperativa hoje é extinta. Meyer preside agora o Sindicato dos Produtores de Caju do Ceará (Sincaju).

“A Cocaju foi criada numa parceria entre o Governo Estadual, o sindicato dos produtores e o das indústrias, e também as empresas. Era para acabar com atravessadores que negociavam a castanha dos pequenos e médios produtores. Vendíamos para as indústrias e elas assumiam pagar os EGFs (empréstimos do Governo Federal)”, descreve. A verba da época seria do Ministério da Agricultura.

Meyer disse que chegaram a ser feitos quatro EGFs. “O acordo para liberação dos empréstimos foi respaldado na época pela Secretaria de Desenvolvimento Rural, Sincaju (produtores), Sindicaju (das empresas), Banco do Brasil, Fiec (Federação das Indústrias) e Faec (Federação da Agricultura). Não tinha como dar errado”, conta.

Foi Meyer que apontou as empresas Irmãos Fontenele e Agroindustrial Gomes como não cumpridoras do acordo. Acrescenta que “a Indústria Iracema era outra participante, mas que cumpriu a parte dela”.

O valor de R$ 6 milhões, que seria o débito feito, foi informado ao O POVO pelo advogado Armando Cordeiro de Farias, que também é réu na cobrança feita pelo BB e atua no processo representando a Cocaju. O próprio Banco do Brasil, através de sua assessoria de imprensa no Ceará, não informa a quantia emprestada. Num documento que consta no processo, as quase 11 mil caixas de castanha foram avaliadas por R$ 1.118.438,04. 

O POVO procurou as empresas citadas por Meyer. Na Irmãos Fontenele, o contato foi feito na última quinta-feira (16). A secretária, de nome Vera, prometeu retornar a ligação. Os telefones disponibilizados na Internet para a Agroindustrial Gomes não completaram a ligação. A informação dada por Armando Cordeiro é que a empresa, que fica em Uruburetama, não funciona mais. O Banco do Brasil confirmou, por nota, que, mesmo com a penhora incinerada, “segue com o processo judicial (nº 602337-68.2000.8.06.0001) com o objetivo de recuperar seus créditos”. (CR)
Fonte: O Povo (Clique Aqui!)

REALIDADE PRODUTIVA 23/02/2012 - 01h30

"É pouco, mas não é uma situação comum"


O economista rural Mavignier França, consultor na área agrícola, diz que as 263 toneladas de castanha de caju incineradas são uma quantia insignificante dentro da realidade produtiva no Ceará. “É pouco, mas não quer dizer que essa seja uma situação comum (de tantos quilos do produto serem lançados ao fogo)”. Segundo ele, a produção média de castanha no Estado chega a 100 mil toneladas/ano. E de cada quilo, 22% são de fato a amêndoa que seguirá para exportação. 

Como deveria ter sido a quantidade que agora virou lenha. O mercado interno consome apenas 15% do produto. 
O consultor explica que, em deterioração, a castanha costuma ficar rançosa, emitir mau cheiro e juntar substâncias tóxicas. “A partir do segundo ano, a castanha começa a perder a validade”. Mavignier garante que a Conab faz um acondicionamento adequado, com armazém coberto, circulação de ar apropriada, estocadas sobre estrados e com corredores entre os lotes. “Mas nenhuma resistiria tanto tempo”.
A Cocaju, segundo o advogado Armando Cordeiro de Farias, reunia mais de 200 pequenos produtores de várias cidades cearenses. “Tinha de Itapipoca, Ocara, Aracati, Bela Cruz, Russas, Cascavel... Eram de muitos lugares. Só alguns assinavam o convênio, mas vários ajudavam na produção, então eram pra mais de 800 produtores”, enumera. Mavignier França fala que no Ceará há 150 mini-fábricas de processamento de castanhas. “E dessas, só 20 funcionam plenamente”, diz o consultor. (CR)
Fonte: O Povo (Clique Aqui!)




Banco Industrial da Nigéria e Aliança Africana do Caju querem impulsionar a produção de castanha


O Banco da Indústria da Nigéria , do BOI, em colaboração com a Aliança  Africana do Caju, ACA, planejam aumentar a produção de castanha de caju da Nigéria a partir de 10.000 toneladas para 40.000 toneladas por ano. 

As duas instituições formaram uma parceria estratégica com a Pesquisa de Matérias-Primas e Conselho de Desenvolvimento , RMRDC, para concretizar o aumento previsto na produção. 


Falando durante uma visita ao escritório BOI em Lagos, o presidente da ACA, Idrissi, Kilangi disse que a Nigéria  tem potencial para ter o maior volume de produção na África. A África,  atualmente produz 350.000 toneladas por ano. 


Ele disse que a Nigéria tem o potencial para produzir mais de 400.000 toneladas anuais e mencionou que ACA e BOI vão trabalhar juntos para garantir que o potencial é realizado pelo país. 


"Com todos os recursos e potencialidades, pode produzir na Nigéria 400.000 toneladas por ano. No momento em que os países asiáticos que têm o maior volume já não pode atender a demanda. Isto é porque sua capacidade de produção tenha sido esgotada. Esta é a razão pela qual o mundo está se concentrando sobre a Nigéria e outros países africanos.





Fonte: Nigéria Óleo e Gás (Clique Aqui!)

A importância mundial do Caju

A importância mundial do caju

A cultura do cajueiro, considerada perene, é nativa do Brasil com dispersão em quase todo o território nacional. Atualmente seu cultivo está presente em mais de trinta países distribuídos em seis continentes. Os dados da FAO apontam que a área cultivada em todo o mundo é superior a 4,10 milhões de hectares, correspondente à produção em torno de 3,35 milhões de toneladas de castanha-de-caju in natura, com o rendimento médio de 817 kg/ha.


 A produção mundial dos últimos nos tem havido ligeiro declínio. Isso, devido às adversidades climáticas que atingiram a produção nos principais países produtores, sobretudo no Viet Nam (maior produtor mundial) e a Índia (2º maior produtor mundial). 


Mesmo assim, comparando os números de produção do período de 2005 a 2009, houve crescimento apenas de 5,5%, passando de 3,17 milhões de toneladas em 2005 para 3,35 milhões toneladas de castanha-de-caju in natura.


Fonte: Portal Mercado Aberto (Clique Aqui!)Informações Agrícolas

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Nossos comentários sobre a reportagem da Especulação no DN




Nós Produtores de Caju não comungamos com algumas coisas que estão escrito na matéria do DN. Nosso pensamento em relação a algumas colocações  são totalmente diferentes, e é uma pena que nosso Blog não é visto pelo maioria como um jornal e lembre-se que o Jornal acima é de um industrial...


Não somos nós produtores que está preocupado com a especulação e sim os industriais...

Eis a nossa opinião sobre o que foi escrito na matéria:


1) Matéria do Diário do Nordeste

 "O segmento corre o risco de acabar caso não seja feito algo para coibir de forma eficiente e imediata"


Opinião do Zé do Caju:


A Cajucultura poderá ter o mesmo destino do algodão se tudo continuar como está, os investimentos no Setor são mínimos, diante da importância da cajucultura na economia cearense e brasileira, mas acabar devido a especulação, isto não ! Pois o industrial paga caro ao especulador e ainda agradece...

2) Matéria do Diário do Nordeste

"(...) com o passar dos últimos anos, um número cada vez maior de pessoas tem comprado grandes quantidades da matéria-prima na época de maior oferta do produto, com a intenção de armazenar a castanha por alguns meses até poder vendê-la justamente na entressafra ao setor de beneficiamento por um valor bem superior à média de comercialização"


Opinião do Zé do Caju:


Existe especuladores devido ao baixo preço pago pela indústria, pois os especuladores pagam R$ 0,05 (cinco) centavos a mais que a indústria e com isso conseguem fazer estoques


Resumindo... A indústria também especula e depois é vítima do especulador e prova do mesmo veneno

3) Matéria do Diário do Nordeste

"A prática, além de bastante lucrativa para esse tipo específico de atravessador, tem se mostrado nociva para os produtores cearenses. Só na região Norte, onde começou essa prática no Estado, há entre 35 mil e 40 mil toneladas de castanha nas mãos dos especuladores"

Opinião do Zé do Caju:

Realmente a prática é lucrativa para este tipo de atravessador, mas não é nociva para o Produtor, ao contrário, pois ele paga um preço melhor para o produtor do que o industrial, logo esta prática é nociva sim ao industrial e só...

Não queremos a falência dos industriais, mas vamos "dar a César o que é de César", vamos falar a verdade !

4) Matéria do Diário do Nordeste

(...) em média, a compra é feita por R$ 1,20 na safra e revendida para o setor industrial, meses depois, por R$ 2,30. Segundo Paulo, atualmente, o ápice da produção rural chega a 150 Kg por hectare quando há 15 anos esse número era de 600 Kg/ha. "Hoje, temos 402 mil hectares, mas 30% dessa área estão totalmente improdutiva", conta"

Opinião do Zé do Caju:

Ora, se a castanha é comprada por R$ 1,20 ou mais, e esta mesma castanha é revendida a indústria, não só por R$ 2,30, mas até R$ 3,00, como foi em 2010 isto significa que existe margem para pagar melhor ao produtor, e porque não fazem isto ? Ora, é porque especulam também, ora bolas !!!



Já a produção a 15 anos atrás, em 1995, foi somente de 80.896, uma média de 202 quilos, levando em consideração 400.000 ha.. Os dados acima são do IBGE

5) Matéria do Diário do Nordeste

Tal situação tem forçado as empresas a comprarem a matéria-prima de outros países, especialmente do continente africano. Segundo a superintendente da Cascaju, Annette de Castro Reeves, a capacidade industrial hoje se encontra acima de 400 mil toneladas e mesmo uma safra normal no Brasil, ao redor de 300 mil toneladas não atende às necessidades.

Opinião do Zé do Caju:

Estão querendo manipular a opinião pública, mas até quando ?

Não são os especuladores que forçam a importação, a castanha que estão em poder dos especuladores, vão toda para a indústria, não vão para fornos de caldeiras e além disso a um preço que deveria ter sido pago ao produtor e não ao especulador

O problema que leva a importação é a baixa produção, a baixa produtividade, acho bom deixar de hipocrisia 

Se o Estado e o industrial ajudassem o produtor daqui, não seria necessário comprar na África, se fosse pago um preço justo, nós teríamos condições de cuidar de nossos pomares, mas se o Cajueiro, hoje, é inviável economicamente, por que eu vou tratar do pomar, se não sou remunerado por isto ?

Se existe capacidade ociosa, significa que tem muito dinheiro investido sem retorno, aumentemos a produção e a produtividade, que conseguiríamos "rodar" a indústria sem necessidade de importação, bastaria termos a produtividade da Índia, ou Vietnã, que seríamos auto-suficientes

Outra coisa a produção brasileira nunca atendeu a capacidade ociosa, conclui-se que superestimaram as indústrias

5) Matéria do Diário do Nordeste

"A busca de castanha importada na entressafra passa a ser necessária para manter as fábricas funcionando nos momentos de escassez. A experiência demonstrou que a castanha recebida até o presente momento teve excelente rendimento e nível de limpeza, melhorando o out-put de amêndoas", diz.

Opinião do Zé do Caju:


Nunca fomos contra a importação, mas somos contra aos baixos preços praticados aqui e que inviabilizam a produção, pois não pagam nossos custos

Só não acreditamos que a castanha importada é melhor que a nossa, e se o out-put da importada é melhor, é devido aos cajueiros lá serem bem tratados, lá as políticas são de Estado e não de Governo

O que precisamos é de união para revitalizar a cajucultura, pois Moçambique vai sobre taxar a castanha em 20% para exportação, e quando os outros países africanos fizerem o mesmo ? Aí quero ver o que acontecerá...

6) Matéria do Diário do Nordeste

Para o presidente do Sincaju, algumas ações, listadas em uma carta declaratória entregue no início deste ano ao governador Cid Gomes, ainda podem resgatar o setor. Dentre as soluções, a primeira seria cobrar ICMS dos especuladores, já que o Estado também está sendo lesado por essa prática. Outra medida poderia ser o aproveitamento de armazéns da Conab, com a venda direta do produtor, a partir de melhorias na logística de distribuição da castanha para o segmento industrial.

Opinião do Zé do Caju:

Cobrar ICMS dos especuladores ? Esta castanha vai para a indústria, a indústria compra esta castanha, isto não aumentariam o custo de produção da indústria ? Não provocaria um impacto no preço de venda internacional ? Já que a nossa castanha é uma das melhores do mundo e tem um preço em média US$ 0,05 (cinco cents) abaixo dos nossos concorrentes ?

Boa idéia esta de aproveitamento dos armazém da CONAB, isto se nos pagassem o preço que pagam para os especuladores, mas de R$ 1,35 (um real e trinta e cinco centavos) ? Tenha santa paciência...

Sobre a logística para a indústria está bem montada, existem compradores, em todo o estado, mas tinham que ser oficializados, cadastrados e colocado uma placa de pré-posto da indústria, aí sim.

7) Matéria do Diário do Nordeste

De acordo com Paulo de Tarso, para revitalizar a Cajucultura no Ceará, também seria necessária a união de todos os agentes envolvidos, inclusive, os financeiros. "Precisamos de que o Banco do Nordeste e Banco do Brasil ofereçam linhas de crédito mais acessíveis para os pequenos e médios produtores. O que ocorre hoje é a presença do especulador emprestando dinheiro para ajeitar o pomar, por exemplo. Isso acaba amarrando parte da produção", explica.

Opinião do Zé do Caju:

Concordamos que é necessária a união de todos e inclusive dos agentes financeiros

Agora não creditamos que hoje esteja sendo adiantado dinheiro, e se tiver eu aceito, tem algum aí para me emprestar ?

Eu vendo a minha castanha toda a quem me adiantar dinheiro, duvido muito, pois é o negócio mais arriscado que existe, alguém duvida ?

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Bom meus diletos internautas e leitores, agora vejam o que nós já falamos sobre a mal fadada especulação e tire suas conclusões...



DOMINGO, 4 DE DEZEMBRO DE 2011

Em nosso setor, o especulador pode desaparecer, não nós cajucultores !



TERÇA-FEIRA, 13 DE DEZEMBRO DE 2011


Governo adota medidas para a cajucultura no CE


SEXTA-FEIRA, 6 DE JANEIRO DE 2012


Afinal de contas ! Quem especula no Ceará ?


DOMINGO, 22 DE JANEIRO DE 2012


Especulação é isso aí ! Estão dizendo que a Castanha vai baixar...


DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2012


Preço da Castanha de Caju caiu para o produtor, mas para especulador sobe

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